Especialistas explicam sinais de alerta, limites da inspeção visual e cuidados na hora de escolher o lubrificante
O óleo do motor é um dos elementos mais importantes para o funcionamento de um veículo. Ele lubrifica, reduz atrito, controla a temperatura e mantém o motor limpo, evitando o acúmulo de depósitos nocivos. No entanto, no Brasil, cerca de 20% dos lubrificantes vendidos podem estar adulterados, segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).
Por isso, motoristas precisam aprender a identificar sinais de adulteração e tomar cuidados na hora da compra.
Alterações visuais e físicas
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Escurecimento excessivo pode indicar oxidação ou resíduos da combustão;
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Partículas metálicas na vareta de medição podem apontar desgaste interno;
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Aparência leitosa sugere contaminação por água ou líquido de arrefecimento;
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Cheiro forte ou anormal também é um alerta: odor de combustível mostra contaminação, cheiro de queimado indica superaquecimento e odor adocicado pode revelar mistura com líquido de arrefecimento.
Limites da inspeção caseira
A conferência com a vareta é útil, mas não definitiva.
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Queda no nível pode indicar vazamento;
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Aumento no volume pode ser sinal de contaminação por combustível ou líquido de arrefecimento.
Para ter certeza sobre adulteração ou degradação química, só uma análise laboratorial detecta problemas como variação de viscosidade, acidez e presença de metais.
Causas de degradação precoce
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Uso de combustível de baixa qualidade;
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Tráfego intenso e partidas frequentes, que forçam o motor;
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Falhas mecânicas, como problemas em junta de cabeçote, permitindo contaminação do óleo.
Consequências do óleo adulterado
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Aumento de atrito e desgaste prematuro;
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Risco de superaquecimento;
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Formação de borra que obstrui canais de lubrificação;
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Perda de eficiência, maior consumo de combustível e até falhas graves no motor.
Como se proteger
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Comprar sempre em revendedores confiáveis;
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Desconfiar de preços muito abaixo do mercado;
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Respeitar rigorosamente as especificações do fabricante quanto à viscosidade e classificação técnica;
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Manter inspeções periódicas e, em caso de suspeita, realizar análise laboratorial.