Estudo da Fundação Dom Cabral analisa número de acidentes e gravidade das ocorrências entre 2018 e 2024
Um levantamento da Fundação Dom Cabral (FDC) apontou quais são as 10 rodovias federais mais perigosas do Brasil, considerando tanto o número de acidentes quanto a taxa de severidade das ocorrências. O estudo utilizou dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), analisando registros entre 2018 e 2024.
A pesquisa levou em conta apenas acidentes ocorridos em trechos com fluxo mínimo de mil veículos por dia, o que permite uma comparação mais precisa entre rodovias extensas e vias menores, mas com condições viárias mais críticas.
Rodovias federais com mais acidentes
No ranking das estradas com maior número de acidentes, a BR-101 aparece na liderança, com 10.353 ocorrências registradas em 2024. Em seguida está a BR-116, conhecida como “Rodovia da Morte”, com 9.692 acidentes.
Confira o ranking completo:
1º BR-101 – 10.353 acidentes
2º BR-116 – 9.692 acidentes
3º BR-381 – 2.850 acidentes
4º BR-153 – 2.369 acidentes
5º BR-163 – 2.074 acidentes
6º BR-262 – 1.628 acidentes
7º BR-364 – 1.555 acidentes
8º BR-376 – 1.545 acidentes
9º BR-277 – 1.471 acidentes
10º BR-230 – 1.443 acidentes
Rodovias federais mais perigosas por gravidade
Quando o critério analisado é a taxa de severidade dos acidentes, que mede a gravidade das ocorrências independentemente do volume de tráfego, o ranking sofre alterações. A BR-116 assume a liderança, seguida pela BR-101, enquanto a BR-364 aparece em terceiro lugar, com destaque negativo para trechos nos estados de Rondônia e Acre.
Veja a lista:
1º BR-116 – TSAc 1,26
2º BR-101 – TSAc 1,10
3º BR-364 – TSAc 0,50
4º BR-153 – TSAc 0,49
5º BR-163 – TSAc 0,36
6º BR-230 – TSAc 0,32
7º BR-070 – TSAc 0,31
8º BR-262 – TSAc 0,31
9º BR-343 – TSAc 0,26
10º BR-470 – TSAc 0,25
Acidentes por tipo de veículo
O estudo também analisou a relação entre acidentes e tipo de veículo. Do total de 358.217 ocorrências registradas no período, 40,6% envolveram carros, 23,3% motocicletas e 16,3% caminhões.
Apesar dos automóveis liderarem em números absolutos, as motocicletas apresentam maior risco proporcional, concentrando 33% dos acidentes com feridos e uma parcela significativa das ocorrências fatais, o que reforça a vulnerabilidade dos motociclistas nas rodovias federais.
O levantamento reforça a necessidade de atenção redobrada dos condutores, além de investimentos contínuos em infraestrutura, sinalização e fiscalização nas rodovias federais brasileiras.