Corte de R$ 0,14 por litro representa 4,9% de redução no valor às distribuidoras; apenas 30% do preço final ao consumidor depende da estatal
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (21) uma redução de 4,9% no preço da gasolina para distribuidoras, equivalente a R$ 0,14 por litro. Com o corte, o preço médio praticado pela estatal passa a ser R$ 2,71 por litro.
Apesar da queda, o efeito no bolso do motorista pode ser pequeno. Segundo Paulo Tavares, presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis), o repasse às bombas depende das distribuidoras.
“Para que essa redução possa chegar ao consumidor, é preciso que as distribuidoras repassem essa redução. Pode ocorrer ou não. Ou pode ocorrer de uma vez só ou de forma fracionada”, explicou o representante ao portal Agência Brasil.
Atualmente, o preço da gasolina nas bombas é composto por diversas variáveis: cerca de 30% vem da Petrobras, e o restante é formado por custos de distribuição e revenda, etanol anidro (que compõe 30% da mistura), além de impostos estaduais e federais.
Desde maio de 2023, a Petrobras não segue mais a política de paridade de importação (PPI) — quando os valores eram definidos com base no preço internacional do combustível. Agora, a estatal realiza ajustes de forma mais espaçada, com foco no mercado interno.
Com o novo reajuste, a gasolina acumula mais de 10% de redução em 2025. Já o diesel permanece sem alterações, após três cortes realizados ao longo do ano.