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Lamborghini aposta na gasolina sintética para manter viva a emoção dos motores a combustão

Mesmo com a chegada dos elétricos, marca italiana vê no e-fuel uma solução sustentável para preservar o som e a performance que definem seus superesportivos.

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 Lamborghini aposta na gasolina sintética para manter viva a emoção dos motores a combustão

Foto de Divulgação / Crédito: Luis Andreoli

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Em meio à corrida global pela eletrificação, a Lamborghini decidiu seguir um caminho alternativo: apostar na gasolina sintética como forma de manter seus motores a combustão vivos por mais tempo. A iniciativa, segundo a própria marca, não busca frear a transição elétrica, mas oferecer uma solução mais equilibrada diante de um futuro ainda incerto.
 
A alternativa escolhida é o e-fuel, combustível sintético desenvolvido a partir de fontes renováveis, que promete reduzir drasticamente as emissões de carbono sem comprometer o desempenho, o som e a resposta visceral dos motores, características que definem os superesportivos da marca italiana.
 
Transição consciente, não imediata
De acordo com Stephan Winkelmann, CEO da Lamborghini, a adoção da gasolina sintética representa um “salto mais fácil” do que uma transição total e imediata para os modelos 100% elétricos. O executivo ressalta que o plano da marca é seguir inovando de forma sustentável, mas sem abrir mão da identidade que construiu ao longo das décadas.
 
A marca já iniciou a transição energética com modelos híbridos como o Revuelto, supercarro V12 com sistema plug-in, e prepara o lançamento do Temerario, que unirá um motor V8 biturbo a três motores elétricos — todos preparados para operar com gasolina sintética.
 
Elétricos também fazem parte do plano
Apesar da aposta no e-fuel, a Lamborghini também avança no desenvolvimento de modelos totalmente elétricos. O primeiro será o Lanzador, um GT 2+2 com previsão de chegada entre 2028 e 2030. Em seguida, o SUV Urus também deverá ganhar uma versão 100% elétrica, acompanhando a tendência do segmento de alto luxo.
 
A marca admite que os desafios são grandes — especialmente quando se trata de substituir a emoção sonora e a dirigibilidade bruta dos motores a combustão. No entanto, os avanços nas baterias e na eletrônica embarcada têm mostrado que é possível entregar performance com zero emissão.
 
Preservar o DNA, mesmo com novas soluções
Mais do que resistir à eletrificação, o plano da Lamborghini é proteger a experiência emocional que seus carros oferecem. O uso da gasolina sintética é visto como uma ponte entre o passado e o futuro, permitindo que os motores tradicionais sobrevivam em um mundo cada vez mais regulamentado — desde que operem com eficiência e responsabilidade ambiental.

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