A Toyota está no centro de uma polêmica envolvendo suas picapes Hilux e SW4 equipadas com o motor 2.8 turbodiesel. Proprietários de diversas regiões do Brasil estão relatando casos de quebra da corrente de sincronismo do motor, um componente fundamental para o funcionamento do cabeçote e da parte inferior do propulsor. O problema pode resultar em danos graves ao motor e altos custos de reparo — muitas vezes ultrapassando R$ 25 mil.
A corrente de sincronismo (ou corrente de comando) é responsável por manter o movimento do motor em perfeita harmonia. Quando ela se rompe, o motor pode travar imediatamente, danificando pistões, válvulas e outros componentes internos — ou até inutilizando o bloco por completo.
A falha vem sendo registrada em modelos a partir de 2021, especialmente os com motor 2.8 turbodiesel.
O que diz a Toyota?
A Toyota reconhece que alguns casos estão sendo analisados, mas atribui a culpa ao combustível diesel de má qualidade, que pode gerar carbonização interna e prejudicar a lubrificação da corrente. A fabricante não emitiu recall até o momento e, em alguns casos, tem negado o reparo em garantia, alegando uso indevido de combustível fora das especificações.
Para muitos donos, a explicação não convence, já que o diesel brasileiro é o mesmo usado por outros modelos concorrentes — como Ford Ranger, S10 e L200 — sem apresentar o mesmo tipo de falha sistêmica.
Especialistas pedem ação
Oficinas especializadas e donos de Hilux têm se mobilizado nas redes sociais e grupos automotivos, cobrando um posicionamento mais claro da marca. Alguns vídeos e laudos técnicos já foram divulgados por mecânicos independentes, apontando que o problema pode estar no tensionador da corrente ou em falha de projeto.[
Conclusão
O caso da Hilux e SW4 levanta uma discussão importante sobre qualidade, garantia e responsabilidade técnica. Enquanto a Toyota culpa o diesel, donos e especialistas apontam falha mecânica grave em um modelo reconhecido por sua durabilidade. Até o momento, não há recall, e os proprietários seguem em alerta.
A recomendação é ficar atento e buscar canais oficiais da Toyota em caso de suspeita.