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Sprinklers e exaustores serão obrigatórios em garagens com carregadores de veículos elétricos em São Paulo

Nova norma de São Paulo, desenvolvida pelo Corpo de Bombeiros, exigirá medidas como sensores de fumaça e ventilação em prédios com pontos de recarga. Regras devem servir de base para Rondônia e outros estados

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Sprinklers e exaustores serão obrigatórios em garagens com carregadores de veículos elétricos em São Paulo

Foto de Divulgação / Crédito: Luis Andreoli

Business

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Uma nova norma estadual de segurança para recarga de veículos elétricos em edifícios será implementada nas próximas semanas em São Paulo, trazendo exigências como a instalação de chuveiros automáticos (sprinklers), sensores de calor e fumaça, além de sistemas de exaustão em garagens que contam com pontos de carregamento. A medida pode servir de referência para estados como Rondônia, que ainda não possuem regulamentação específica para a eletromobilidade em ambientes residenciais.
 
Regra foi construída após 15 meses de estudos
A norma é fruto de 15 meses de estudos técnicos coordenados pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo, com apoio da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Fundabom, Ligabom e sindicatos da construção civil. A proposta surgiu a partir da Portaria CCB-001/800/2024, publicada em abril, que abriu consulta pública e possibilitou testes controlados em laboratório, inclusive com simulações de incêndios envolvendo veículos elétricos em ambientes fechados.
 
O coronel Max Alexandre Schroeder, comandante da Escola Superior de Bombeiros e presidente do Comitê Nacional de Estudos sobre Eletromobilidade, informou que a norma está em fase final de redação e será publicada em breve. “É essencial padronizar procedimentos e garantir segurança para quem instala os equipamentos”, destacou.
 
Novas exigências para edifícios novos e antigos
Segundo a nova regra, prédios novos que tenham pontos de recarga para carros elétricos deverão contar obrigatoriamente com:
 
  • Sprinklers (chuveiros automáticos)
  • Sensores de calor e detectores de fumaça
  • Sistemas de ventilação e exaustão para dispersar gases
 
Já os edifícios antigos terão regras adaptadas às suas estruturas, com exigências específicas para garantir a segurança sem inviabilizar as instalações.
 
Testes práticos e impactos futuros
Um dos destaques do projeto foi a criação de um laboratório em Franco da Rocha (SP), onde foram realizados ensaios com baterias e veículos em situações reais. Mais de 200 bombeiros de todo o país participaram dos treinamentos, com destaque para o uso eficiente da água e a adaptação de técnicas estrangeiras à realidade brasileira. Em alguns testes, o consumo de água foi reduzido em até 25%.
 
Apesar de ser uma iniciativa paulista, a norma deve ser incorporada gradualmente pelos 27 Corpos de Bombeiros do Brasil, incluindo Rondônia, por meio da Ligabom — órgão nacional que reúne os comandos gerais das corporações.
 
Efeitos práticos: pode impactar aprovação de novos projetos
Com a nova regulamentação, edifícios que não atenderem às exigências mínimas poderão ter a instalação de carregadores vetada pelo Corpo de Bombeiros. Medidas anteriores, como a criação de baias com paredes corta-fogo ou espaçamento de cinco metros entre vagas, foram descartadas após resistência de montadoras e entidades da construção civil.
 
Rondônia deve acompanhar as mudanças
Embora ainda não tenha norma própria sobre o tema, Rondônia pode seguir o modelo de São Paulo nos próximos meses, especialmente diante do crescimento do número de veículos elétricos na região. A adoção de padrões nacionais padronizados pode ser crucial para garantir a segurança em edifícios residenciais e comerciais que pretendem oferecer carregamento para carros elétricos.

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