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Xiaomi estuda vender carros no Brasil e já negocia com importadoras

Após sucesso do elétrico SU7 na China, marca chinesa quer explorar novos mercados e avalia entrada no país com ajuda de parceiros locais

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 Xiaomi estuda vender carros no Brasil e já negocia com importadoras

Foto de Divulgação / Crédito: Luis Andreoli

Business

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Depois de conquistar o mercado de eletrônicos, a Xiaomi quer acelerar forte no setor automotivo e o Brasil está no radar da gigante chinesa. A empresa, que lançou recentemente o elétrico SU7, está em busca de parceiros para viabilizar a venda de seus veículos fora da China. De acordo com apuração da Autoesporte, a marca já se reuniu com pelo menos três importadoras brasileiras, em tratativas para comercializar o modelo por aqui.
 
O sedã elétrico, que remete visualmente ao Porsche Taycan, causou furor no mercado chinês. Em março, foram registrados quase 90 mil pedidos em apenas 24 horas, embora cerca de 55% das encomendas tenham sido canceladas posteriormente — muitos por atrasos na entrega ou relatos de acidentes com unidades do modelo, construído sobre a plataforma Modena, da própria Xiaomi.
 
Com 4,99 metros de comprimento, 1,96 m de largura e 3 m de entre-eixos, o SU7 é um sedã de porte generoso. A versão de entrada oferece 292 cv e 700 km de autonomia no ciclo chinês, com baterias fornecidas por uma subsidiária da BYD, que mantém estreita relação tecnológica com a Xiaomi. A versão intermediária traz bateria de 94,3 kWh da CATL e promete até 830 km de alcance.
 
 
Parceria com a BYD?
Embora não haja confirmação oficial, fontes apontam que a BYD pode ser uma aliada estratégica da Xiaomi para facilitar sua entrada em mercados da América Latina. Com estrutura já consolidada, a BYD poderia ajudar a distribuir os veículos da marca vizinha por meio de sua rede de vendas. Inclusive, o CEO da BYD, Wang Chuanfu, visitou recentemente as instalações da Xiaomi, alimentando rumores sobre uma colaboração mais próxima fora da China.
 
Expansão gradual
No entanto, antes de fincar bandeira no Brasil, a Xiaomi quer resolver gargalos internos — como a enorme fila de espera no mercado chinês e a limitação da capacidade de produção atual, de 150 mil unidades por ano. Uma expansão da fábrica em Pequim está nos planos para atender tanto a demanda interna quanto possíveis exportações.
 
Além do SU7, a marca também planeja levar futuramente o SUV YU7, com mais de 800 km de autonomia, e o superesportivo SU7 Ultra, que entrega impressionantes 1.547 cv de potência e mira rivais como o Porsche Taycan Turbo GT.
 
Xiaomi quer o parceiro ideal no Brasil
A escolha do parceiro certo será decisiva para a entrada da marca no país. Segundo fontes próximas às negociações, duas importadoras demonstraram “altíssimo interesse” em representar a Xiaomi no Brasil, enquanto uma terceira optou por firmar acordo com outra montadora chinesa.
 
Enquanto isso, os consumidores brasileiros aguardam com expectativa a possível chegada da “Apple do Oriente” ao setor automotivo nacional. Se os planos se concretizarem, a Xiaomi promete sacudir o mercado de elétricos com design arrojado, alta tecnologia e desempenho surpreendente.

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